sábado, 28 de fevereiro de 2009

É para comemorar!!! O carnaval de São João del Rei foi de momo nenhum botar defeito! Eu já tinha percebido que a folia tinha ocorrido bem tranqüila pelas ruas históricas, e posso dizer com uma certa propriedade, afinal compareci à nada, mais nada menos do que 9 blocos! Mas a satisfação e orgulho vieram de fato na quarta-feira de cinzas com o famoso boletim policial, do jornal das dez, do Geraldinho da Rádio São João! Acreditem e vibrem assim como eu: Não foi registrado nenhum homicídio e nenhum furto pela polícia militar durante o período do carnaval!!! Nenhum!!! Não é maravilhoso? Vocês se lembram há alguns anos atrás, a bandidagem corria solta, furtos e brigas eram vistos com freqüência, à luz do dia, na frente de todos! O medo imperava e esquecíamos de ‘brincar o carnaval’ tamanha era a tensão. Mas o que se viu este ano foram famílias comparecendo aos blocos, brincando com suas crianças e seus terríveis sprays de espuma, paz, folia e sorrisos! Nem vou mencionar o fato de que os blocos estavam ótimos, organizados (tá bem, tirando o som!) e super animados, isso vocês podem imaginar e não vem à ser uma novidade. Os desfiles de Escolas de Samba também não decepcionaram. E como é bom passar pelas ruas do bairro e escutar conversas acaloradas sobre esta ou aquela escola! Sobre a confusão das madrinhas de bateria do Metralhas à polêmica da imagem de Nossa Senhora num dos carros alegóricos do São Geraldo. Isto tudo significa que a festa momesca pulsa forte na terrinha, pode até ficar alguns anos adormecida, mas saibam:
Carnaval São João del Rei 2009: Decolou!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Os Irmãos!

Os queria ali numa vitrine
pra poder ir ver quando quisesse.
Irmãos, são.
Os três são diferentes
e são lindos, mais velhos, mais sábios
ou não, são desligados, mas são.
Pais ou não
Mas são presentes
São carentes ou não
Irmãos eles são
E que lembranças tenho...
As mais doces e alegres
Estão no coração meus irmãos
Preocupo-me! Eles são ainda do tamanho de todos os irmãos!
Beija-me a mão, a testa,
Chamam-me de irmã!
Eles são, e serão
O que ficou de papai e mamãe
Recordação, referência, porto seguro, orgulho
Amor mudo ou não
Mão, violão, domingo de Fórmula 1, Flamengo, carnaval
Esquina, cigarro, carro
Cobertor, carinho, conselho e solidão
Mão pesada e mão afável
Sim, não, mas são
Saudade...
Filhos de Itacy, são
Filhos de Edna, são
Irmãos de Maria do Carmo, são
Léo, Beto e Zé!
São meus irmãos!

KK Freitas, fevereiro/2007

















Foto: Zé, Beto e Léo





quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Borboletas errantes




Um vento
Um insulto
Um grito retido
Um... “hummm” qualquer jogado da ponte centenária de pedra na volta pra casa depois da desilusão da noite
O Lenheiro vai levá-lo em suas águas horas mansas, horas revoltas e indomáveis
Mas o Lenheiro segue, não pára
E depois tem dia, sol
Tem versos de verdade não dita de Mário Quintana
São todas as borboletas errantes e corações errantes e palavras soltas...errantes
Desta ponte de três letras, de comunicação impalpável
Sou eu que gosto e não gosto
Que amo e desejo e não amo e não desejo
Que saio à noite, vago, mas não passo da porta
São todas as borboletas errantes e frases errantes
Estrela...
“e eu quero muito”

KK Freitas, julho/2006