Delicioso como uva docinha é o texto “Existe um lugar”, sobre o mercado municipal de São João del Rei, publicado na última edição da Gazeta. Lugar mesmo ludicamente fascinante que hoje passa meio despercebido, mas mágico de se apreciar! Rose de Deus, você não poderia ter se expressado melhor! Boa dica! Ao mercado!
Eu lembro que lá em casa tinha a sacola de ir ao mercado (olha que ecológico!), era listrada em tons de verde, com alças pretas de plástico. Ela ia de manhã cedo enroladinha debaixo do braço do papai e voltava repleta de laranjas, verduras e legumes, tudo muito fresquinho! Era chegar, ganhar um sorriso do(a) verdureiro(a), pegar logo uma baciazinha colorida e escolher o que se desejava. E cada banca com sua especialidade, suas réstias de alho penduradas, seus truques promocionais, suas novidades de horta, seus segredos de cultivo, suas histórias infindáveis para explicar o produto em falta. “Tem, mas acabou, volte amanhã, vai chegar mais”. Nos fins de semana de festa comprava-se também no mercado, flores naturais, como boca-de-leão, copo de leite, lírio, cravo e chuva de prata, que eram muito bem arranjadinhas pela mamãe na poncheira de cristal (é isso mesmo, a poncheira virava jarra!). Era do mercado o melhor peixe, os ovos mais graúdos, os preços mais discutidos, as gargantas mais alteradas, a cativante cordialidade. Que saudades de pegar a sacola verde e ir ao mercado!
Essa coisa de ficar lembrando do mercado, dos cheiros, me fez lembrar de uma fruta que não se comprava no mercado, mas isso é assunto para outro post...
segunda-feira, 30 de março de 2009
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